“Assim fala o Senhor Deus: Eis que Eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações, por onde se dispersaram; vou reuni-los de toda a parte e reconduzi-los ao seu país…Farei com eles uma aliança de paz; será uma aliança eterna; Eu os estabelecerei e os multiplicarei; e colocarei o meu santuário no meio deles para sempre. A minha morada será no meio deles. Serei o seu Deus e eles serão o meu povo.”
Ez 37, 21-27
A palavra de Deus segundo o profeta Ezequiel ilustra a sua intencionalidade quanto ao povo eleito, e de forma geral em relação a toda a humanidade. Ele deseja fazer uma aliança de paz, reunir o povo e estabelecer-se no meio dele, considerando o povo como seu, no
Esta intenção de Deus para com todos os homens é a intenção de Deus para connosco. A sua revelação vem de há muito tempo atrás, no entanto, ainda hoje, continua a ser-nos difícil acreditar que é Deus quem nos procura primeiro, que Ele não aparece apenas em resultado da nossa necessidade quando a Ele recorremos em tempo de aflição.
Esta palavra mostra que Deus está sempre à porta. Estabeleceu morada porque deseja estar presente no meio de nós, ser reconhecido e correspondido como o nosso Deus. Isto a mim recorda-me que se por acaso o temos esquecido ultimamente, não há qualquer razão para continuar a ignorá-lo, como se já não valesse a pena procurá-lo ao fim de tanto tempo.
Ele deseja o encontro, desde sempre, e é isso que nos comunica hoje na sua palavra através do profeta, para nos recordar de que está à nossa espera.
Esta atitude da parte de Deus só pode ser amor verdadeiro. Mais do que corresponder a algum estereótipo de paixão à primeira vista, este Deus, que parece de condição tão diferente da nossa, e talvez por isso o tomemos por distante algumas vezes, é um Deus que ao longo da história tem vindo a lutar para ser correspondido, que se fez homem para se comunicar, e que não desiste de nós por nada deste mundo.
Obrigado Senhor porque vens ao nosso encontro a cada momento.