Brilha, Jerusalém!

Levanta-te, Jerusalém! Brilha, pois chegou a tua luz, a glória de Javé brilha sobre ti.  Sim, as trevas cobrem a terra, névoas espessas envolvem os povos, mas sobre ti brilha Javé, e a sua glória ilumina-te. À tua luz caminharão os povos, e os reis andarão ao brilho do teu esplendor. Lança um olhar em volta e observa: todos se reuniram e vieram procurar-te. Os teus filhos vêm de longe, as tuas filhas são transportadas nos braços. Então verás e o teu rosto se iluminará, o teu coração parecerá explodir de emoção, porque a ti virão os tesouros de além-mar, a ti chegarão as riquezas das nações.
Is, 1 – 5


Tenho rezado esta leitura e experimentado uma grande alegria por reconhecer o privilégio de tantos dons recebidos ao longo da minha vida – dom de O poder conhecer, dom de ter sido auxiliado em tantos momentos, dom de ter nascido na minha família concreta, dom de ter a minha própria família, etc.

Experimento que isto é o que Isaías refere quando diz que as trevas cobrem a terra mas que sobre ti levanta-se Javé.
Na realidade eu acredito que Deus se levanta para todos, mas nem todos O podem reconhecer e da Sua presença beneficiar.
Daqui vem a responsabilidade que entendo desta leitura – a Sua luz não raia sobre mim para ficar comigo, mas precisamente para rasgar a escuridão de tantas pessoas, de tantas situações, de uma sociedade inteira.
Se formos muitos raios de luz a rasgar a tristeza e a ausência de sentido para a vida, a rasgar o egoísmo da nossa sociedade, a aquecer tantos corações empedernidos pelo frio de não terem amor … o Sol pode passar como uma peneira.

 

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