Benjamin González Buelta, SJ

 

 

Precisamos entrar cada manhã nesta intimidade com Jesus, imagem do Pai, para repousar n’Ele, para recolher alguma Palavra sua, para experimentar o Seu amor, para nos deixarmos enviar ao mundo…

Vivemos num mundo muito marcado por sofrimentos variados. Jesus não viveu alheio a nenhum deles. Não só se aproximou dos mais sofredores e necessitados, como Ele próprio assumiu uma missão que o levaria a um intenso sofrimento neste mundo. Não fugiu a nada, ao contrário, envolveu-se com tanta radicalidade e com tanto amor, compadeceu-se de tal maneira dos necessitados e pecadores, que acabou por ser “contagiado” e assumir em si todo o pecado, morrendo como um pecador.

A atitude de Jesus mostra-nos como Deus se envolve com o ser humano em todas as suas situações dolorosas.  

Não pensemos, por isso, que podemos viver o nosso cristianismo, rezando por um lado e pensando que Deus não está junto dos mais carenciados. Ele está sempre unido a essas realidades de sofrimento, como aconteceu com Jesus. Por isso ir a Deus cada manhã é condição para estarmos mais próximos daqueles que necessitam de nós. Podemos até reconhecer a Jesus em cada um desses “mais pequeninos”, como Ele próprio disse.

Somos convidados a continuar a missão de Jesus. E isto não é uma “frase feita”. Se não vivemos para “servir e dar a vida” pelos que mais precisam, se não temos preocupações de pôr em prática uma justiça e uma igualdade entre as pessoas, não estamos a viver como verdadeiros cristãos.