“Veio para o que era seu, mas os seus não O receberam. Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus, isto é, àqueles que acreditam no seu Nome. Estes não nasceram do sangue, nem do impulso da carne, nem do desejo do homem, mas nasceram de Deus. E a Palavra fez-se Homem e habitou entre nós. E nós contemplámos a sua glória: glória do Filho único do Pai cheio de amor e fidelidade.”
Jo 1, 11 – 14
Neste Natal podemos perguntar-nos o que significa para o mundo esta vinda de Deus.
Sinto-me interpelado e perturbado por encontrar pessoas que estão aparentemente tão distantes de conhecerem Jesus – tão longe de realizar esta experiência interior de encontro com Deus. Interpelado pois sinto a urgência de o fazer – “E como conhecerão se ninguém lhes anunciar”. Perturbado pois sinto-me incapaz de traduzir a experiência interior com Deus para pessoas tão bem escudadas pela racionalidade e tão pouco abertas à transcendência.
Escolhi esta leitura porque formula como resposta 2 pontos. O primeiro é que Deus veio para nos tornar seus filhos; e o segundo é que acreditar significa nascer de novo e nascer de Deus. Ser filho de Deus não é menos que desfrutar da alegria e da felicidade de ser amados como filhos. Nascer de Deus é finalmente encontrar o habitat que nos pertence, o ar que respiramos.
Numa sociedade tão marcada pela razão, por tudo aquilo que é imediato e palpável precisamos de nos centrar no essencial da revelação – Deus faz-nos filhos para sermos felizes e faz-nos nascer de novo para descobrirmos uma vida nova.