“O jovem Samuel servia o Senhor sob a direcção de Eli. O Senhor, naquele tempo, falava raras vezes e as visões não eram frequentes. Ora certo dia aconteceu que Eli estava deitado, pois os seus olhos tinham enfraquecido e mal podia ver. A lâmpada de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel repousava no templo do Senhor, onde se encontrava a Arca de Deus. O Senhor chamou Samuel. Ele respondeu: «Eis-me aqui.» Samuel correu para junto de Eli e disse-lhe: «Aqui estou, pois me chamaste.» Disse-lhe Eli: «Não te chamei, meu filho; volta a deitar-te.» O Senhor chamou de novo Samuel. Este levantou-se e veio dizer a Eli: «Aqui estou, pois me chamaste.» Eli respondeu: «Não te chamei, meu filho; volta a deitar-te.» Samuel ainda não conhecia o Senhor, pois até então nunca se lhe tinha manifestado a palavra do Senhor. Pela terceira vez, o Senhor chamou Samuel, que se levantou e foi ter com Eli: «Aqui estou, pois me chamaste.» Compreendeu Eli que era o Senhor quem chamava o menino e disse a Samuel: «Vai e volta a deitar-te. Se fores chamado outra vez, responde: «Fala, Senhor; o teu servo escuta!» Voltou Samuel e deitou-se. Veio o Senhor, pôs-se junto dele e chamou-o, como das outras vezes: «Samuel! Samuel!» E Samuel respondeu: «Fala, Senhor; o teu servo escuta!» O Senhor disse a Samuel: «Eis que vou fazer uma coisa em Israel que fará retinir os ouvidos a todo aquele que a ouvir. “
1 Sm 3,1-11
Como é que o Senhor fala?
Como é que o Senhor me fala?
Será que compreendo o que me diz? Ou precisarei de um intérprete, como Samuel precisou?
Quem são as pessoas que me ajudam a interpretar o que o Senhor me quer dizer?
Mais importante do que responder a estas perguntas poderá ser, hoje, neste tempo de silêncio e oração, adoptar a atitude receptiva de Samuel, e dizer, com confiança:
«Fala, Senhor; o teu servo escuta!»
Mias cedo ou mais tarde, Ele falará. Ele me falará!
Que assim seja!