“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto. Quem se ama a si mesmo, perde-se; quem se despreza a si mesmo, neste mundo, assegura para si a vida eterna.”
Jo 12, 24-25
Nesta quaresma tem-me ajudado muito o que uma catequista disse a um grupo de crianças: “Somos convidados a deixar morrer uma vontade para que nasça outra melhor.”
São palavras simples, apropriadas à assembleia que escutava, mas para mim têm tido grande sabedoria. Talvez a sabedoria de me convidar, antes de mais, à simplicidade.
“A sabedoria edificou a sua casa, e levantou as suas sete colunas. Enviou as suas servas para que anunciassem nos pontos mais elevados da cidade: «Quem for simples venha a mim!» (Prov 9, 1.3-4)
O convite que sinto para esta Quaresma é o de deixar morrer uma vontade egoísta para que nasça uma vontade mais fraterna, mais atenta ao bem comum, mais de dádiva, mais geradora de vida.
Senhor, o que preciso de deixar morrer em mim para que todos tenham mais vida?