Senhor, caminhemos juntos!
Caminhar acompanhado cria condições para o essencial de comunhão: desperta os sentidos, gera dinamismo, cria ritmo comum. Façamos esta experiência contigo, Pai! E façamos pelos caminhos que convidas cada um de nós a seguir!

A primeira leitura de hoje é a de Ageu (1, 1–8). Eis o convite que nos é feito:
A palavra do Senhor foi dirigida por meio do profeta Ageu, nestes termos: «É então tempo para vós habitardes em casas confortáveis, enquanto esta casa está em ruínas?» Eis, pois, o que declara o Senhor do universo: «Reflecti, no vosso coração, sobre o caminho que tomastes. Semeastes muito mas recolhestes pouco; comestes mas não vos saciastes; bebestes mas não apagastes a vossa sede; vestistes-vos mas não vos aquecestes. O operário ganhou o seu salário mas meteu-o em saco roto.» Assim fala o Senhor do universo: «Reflecti no vosso coração, sobre o caminho que tomastes. Subi à montanha, trazei madeira e reedificai a casa; ela me será agradável e nela serei glorificado – diz o Senhor.

A Palavra de Deus fala-nos dos caminhos que o ser humano “teima” em seguir. Independentemente da época da História, temos dificuldade em deixarmo-nos levar pelo convite que o Senhor nos faz: procurar bem no fundo de nós mesmos aquilo que verdadeiramente necessitamos para vivermos bem, em plenitude.
Esta passagem refere de diversas formas a importância criarmos em nós este dinamismo de irmos mais fundo, não nos ficarmos pela superfície das ocupações diárias mas mergulharmos no nosso ser mais profundo e deixarmo-nos tocar pelas inquietações que nos habitam no coração.
Transformemos esta leitura em perguntas para a nossa vida:
O que ando a semear?
Do que me alimento?
O que mata a minha sede? Onde busco saciá-la?
Como me cubro como homem/mulher e com que intuito?
Onde coloco o dinheiro que recebo?
Sigamos o conselho do Senhor e reflitamos em nossos corações por instantes.
O convite de Deus Pai nesta leitura é universal e intemporal!
A vida de Jesus personificou em plenitude este “SIM!” à construção do Reino de Deus onde estamos, com aquilo que somos e trazemos por dentro (de luz e sombra).
A imagem de “reedificar uma casa” é muito gráfica: entrar numa casa em ruínas, observar o velho, podre, empoeirado, ser capaz de arregaçar as mangas e pôr mãos ao trabalho para realizar algo de belo que é reedificar o que estava destruído. Ainda que invisível essa beleza está lá, ainda que seja sonho, já coloca no ser humano o desejo que o impele a torná-lo real!

Como diz Fernando Pessoa, “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce!”
Reedifiquemos hoje, no nosso dia, o Reino de Deus! Comecemos por fazê-lo na nossa vida, no nosso coração!
Seguramente que a mudança interior de cada homem e mulher levará à reedificação do Reino de Deus neste mundo que o Senhor nos confia. Teremos o Senhor como comapanheiro de caminho desta reconstrução!…