Olá, Senhor… uma vez mais aqui estou e aqui estás Tu. Ajuda-me a parar neste Domingo e a reconhecer que estou na Tua presença. Que Tu estás aqui comigo. Não deixes que comece a oração sem parar e pôr-me diante de Ti… e deixar que Tu estejas também comigo.

E hoje chamas-me a subir Contigo ao monte das Bem-aventuranças em Mt 5, 1-12:
Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se.
Rodearam-n’O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por Minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa».

Já conhecemos esta passagem quase de cor… mas será que desligamos por dentro quando a ouvimos ou descobrimos que nela está resumido todo o espírito do Evangelho numa nova maneira de olhar para o mundo?
Numa nova maneira de ser pessoa?
Parece muito complicado, mas é simples se nos apercebemos, Senhor, que a felicidade não vem daquilo que fazemos, nem daquilo que os outros dizem de nós, nem sequer do que somos capazes de realizar. É complicado porque levamos isso tão metido dentro que quando nos encontramos com a nossa própria pobreza, ou com o orgulho dos outros e até com a injustiça, perdemos a noção de quem realmente somos. Sentimo-nos ameaçados!
Mas somos ou podemos ser bem-aventurados, felizes, cheios de alegria porque somos quem somos diante de Ti… discípulos amados, filhos queridos, morada do Espírito que nos enche de esperança.
Estas palavras aparecem logo ao principio da Tua vida pública mas são o resumo daquilo que viveste e ensinaste.
Por isso, ajuda-me a ser feliz na pobreza que experimento, ajuda-me a ser alegre na humildade e não no orgulho de ter razão ou estar por cima.
Ajuda-me a não ter medo do sofrimento mas procurar acreditar na esperança. Ajuda-me a construir a paz no meio das guerras que vivo por dentro e por fora.
Ajuda-me, numa palavra, a viver na verdade de quem sou… olhada, conhecida e amada por Ti! Fortalecida pela Tua graça que ilumina a minha inteligência e me faz empenhar pela justiça ainda no meio da perseguição…

Enche-me , Senhor, da Tua alegria… que eu procure não a minha própria recompensa, nem a recompensa dos outros mas a recompensa que vem de Ti e me faz transbordar de alegria…