Bom dia, Pai, Jesus, Espírito! Que bom estarmos aqui!… Que bom termos este tempo em que me podem contagiar o vosso modo de ser e de fazer. Que estes momentos juntos nos façam proveito!
Hoje é o exemplo de José que me quer contagiar perdão e misericórdia. José, filho predilecto de Jacob, foi vendido como escravo pelos seus irmãos quando era ainda criança. Mais tarde a sua vida deu uma grande volta e tornou-se um dos homens mais ricos e influentes do Egipto, tendo vindo a acolher muitos judeus nesse país. Na passagem de hoje do Livro do Génesis (49, 29-32; 50, 15-26) podemos contemplar como tratou os irmãos que o tinham tratado tão mal na infância:
Quando Jacob acabou de dar aos filhos as suas instruções, recolheu os pés sobre o leito. Depois expirou e foi reunir-se aos seus. Ao verem que seu pai tinha morrido, os irmãos de José disseram entre si: «E se José nos guardar rancor e quiser que paguemos agora todo o mal que lhe fizemos?». Por isso mandaram dizer a José: «Antes de morrer, teu pai deu-nos esta ordem: ‘Dizei a José da minha parte: Peço-te que perdoes aos teus irmãos o seu crime e o seu pecado e todo o mal que te fizeram’. Também nós te pedimos que perdoes esse crime aos servos do Deus de teu pai». Ao ouvir o que eles mandaram dizer, José chorou. Os irmãos foram pessoalmente prostrar-se a seus pés e disseram-lhe: «Estamos aqui como teus servos». Mas José respondeu-lhes: «Não temais. Estarei eu porventura no lugar de Deus? Vós tivestes a intenção de me fazer mal, mas Deus, nos seus desígnios, converteu-o em bem, a fim de se realizar o que hoje sucede: salvar a vida a um povo numeroso. Portanto, não temais. Eu vos sustentarei, bem como aos vossos filhos». Assim os confortou e lhes falou ao coração. José e a família de seu pai permaneceram no Egipto e José viveu até aos cento e dez anos.
Que impressionante, Jesus, ver que, muitos séculos antes da tua vinda a este mundo, já existiam homens, como José, capazes de não guardar rancor, de perdoar, de se compadecer, de tratar bem que os tratou mal…
Na oração de hoje, o desafio para cada um de nós poderá ser o seguinte:
Trazer à memória as pessoas que, de algum modo, não me trataram bem. Coisas pequenas, do dia-a-dia, mas que moem e magoam; ou coisas grandes, graves, que deixam marcas para toda a vida.
E, perante essas pessoas e circunstâncias, deixar ecoar dentro de nós a frase de José:
«Estarei eu porventura no lugar de Deus?»
Sim, será que tenho condições para julgar os outros? Faltam-me tantos dados… Será que tenho autoridade para condenar alguém? (”Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra”…)
Não será muito melhor, também para mim própria, perdoar, quebrar o ciclo de violência?
É que amar faz muito melhor à saúde do que guardar ressentimento… Por alguma razão José viveu cento e dez anos!…
Querido Pai, acredito, como José, que Tu consegues converter o mal em bem! Se te deixarmos… Hoje queria pôr os meios, da minha parte, para que Tu pudesses fazer isso em relação àquelas pessoas que me fizeram mal. Peço-te por elas, e por mim…