«Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.»
Jo 10, 11-18
Queridos irmãos, esta leitura fala de Jesus bom Pastor e do rebanho, que somos nós.
A imagem de pastor que encontramos neste evangelho, onde o próprio Jesus se apresenta como Bom Pastor, não é a de um pastor à maneira dos dirigentes de Israel que «dispersam e extraviam o rebanho» e «que se apascentam a si mesmos». É antes a de um pastor plenamente solidário com as suas ovelhas, a ponto de dar a vida por elas. É um pastor que conhece as pastagens eternas e o caminho para lá chegar.
É um pastor diferente!
Podemos deixar-nos guiar por Ele, porque não pretende dominar, não quer fazer-nos Seus súbditos, não pede renúncia à nossa própria dignidade. Apenas pede que nos fiemos d´Ele, que confiemos n´Ele, para chegarmos à meta. É um pastor desapegado do poder e completamente entregue à orientação mansa e segura das ovelhas, pelas quais dá a Sua vida.