«Fomos rebeldes ao Senhor e procedemos levianamente, não querendo escutar a sua voz»

Olá, Pai! Obrigada por mais esta semana que chega ao fim. Hoje quero agradecer-te por todos os cansaços destes dias, porque tantos deles vêm daquilo que é mais importante na minha vida, e que a torna única: filhos, trabalho, família alargada, comunidade, amigos…
Peço-te Senhor que me ajudes/nos ajudes a aprender a descansar em ti, pois todos temos circunstâncias que não podemos mudar, e que são exigentes física e/ou psicologicamente.


A tua ajuda para nós vem hoje no Livro de Baruc 1,15-22:
Ao Senhor, nosso Deus, pertence a justiça e a nós a vergonha que sentimos no rosto, como sucede neste dia ao homem de Judá e aos habitantes de Jerusalém, aos nossos reis, aos nossos chefes, aos nossos sacerdotes, aos nossos profetas e aos nossos pais, porque pecámos contra o Senhor. Não obedecemos ao Senhor nosso Deus, não ouvimos a sua voz, nem seguimos os mandamentos que Ele nos deu. Desde o dia em que o Senhor fez sair os nossos pais da terra do Egipto até este dia, fomos rebeldes ao Senhor, nosso Deus, e procedemos levianamente, não querendo escutar a sua voz. Por isso, como vemos hoje, caíram sobre nós as desgraças e maldições que o Senhor predissera pela boca do seu servo Moisés, no dia em que fez sair os nossos pais da terra do Egipto, para nos dar uma terra onde corre leite e mel. Não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, apesar das palavras dos Profetas que Ele nos enviou; mas cada um de nós seguiu as inclinações do seu coração, servindo deuses falsos e praticando o que é mal aos olhos do Senhor, nosso Deus.


Hoje, através das palavras do Livro de Baruc, apercebia-me Senhor que a história do povo de Deus, do qual faço, fazemos parte, é cheia de dúvidas, infidelidades, faltas de fé. Na realidade, quem permanece sempre fiel és Tu, Senhor. Nunca me deixa de espantar a fé que tens em nós e, às vezes, a pouca que tenho em ti. É verdade que muitas vezes há vozes dentro de mim que são mais fortes que a tua. Designadamente, a do meu ego, do meu orgulho, a da minha vaidade, da minha insegurança….e em muitas ocasiões são elas que comandam e guiam a minha vida. Por isso, Senhor, agradeço sempre que me recordas através da tua Palavra e da história do teu povo, que é sempre possível voltar a ti, que a todo o momento sou chamada a converter-me e que Tu és o Pai que sempre me espera à porta de casa.


Nesta oração quero pôr também nas tuas mãos o nosso mundo. Tal como no tempo de Baruc, vivemos um momento de incerteza, com pessoas à frente dos nossos destinos que, também elas, estão presas ao seu ego, orgulho e egoísmos. Rezo, Senhor, para que não sejam levianas nas suas decisões e para que procurem o bem dos povos e não os seus interesses pessoais ou de grupos particulares.

“O passado não conta mais para o Senhor. O que conta é o presente e estar atento e pronto para reparar o que foi feito.”
São Padre Pio de Pietrelcina

Os comentários estão encerrados.