“Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa.”
Tiago 3, 4
Senhor, o que dizes da minha pequenez e da minha grandeza?
– Da minha grandeza que sou criado por Ti, à Tua imagem e à Tua semelhança (Gen 1,27), que sou como Tu; com palavras e gestos que criam e destroem; que fui feito para viver para sempre;
– Da minha pequenez que até os grandes falham: Rei David, que cometeu adultério e assassínio (2 Samuel 11), ou mesmo o grande Rei Salomão, que desagradou a Deus depois de ter acumulado tantas coisas (1 Reis 11,3). Também eu posso falhar, afastando-me da beleza do que Deus sonhou para mim e para os outros;
– Da minha grandeza que até Jesus disse que eu poderia vir a fazer coisas maiores do que Ele (Jo 14,12); que hoje se podem fazer tantas coisas, tão mais rapidamente e facilmente para o bem de todos. Que temos tantas oportunidades, tanta saúde, tantos meios para sonhar, para fazer o bem;
– Da minha pequenez que nem sou digno que entres em minha casa (Mt 8,8), ou que seja chamado teu filho (Lc 15,19); que muitas vezes ficas mal visto por minha causa, e ainda assim esperas por mim, no silêncio e te colocas nas minhas mãos;
Tão grandes que por vezes nos sentimos melhor que os outros; Tão pequenos que entramos em depressão; e no meio de sermos pequenos e grandes somos tão queridos e temos que descobri-lo cada dia, para podermos olhar com o mesmo olhar aqueles que nos rodeiam com o mesmo dinamismo: tão pequenos e tão grandes, mas tão queridos (1 João 3,1).