Mas é na vida escondida de Jesus que tudo nasce.

Engraçado porque antes de vir para as Filipinas nunca imaginei que a Verbum Dei cá estivesse! E não só está, como está em força, com tanto missionários como missionárias na capital Manila! E que privilégio! Poder trabalhar lado a lado em Eclesialidade. E falta pouco para a termos a Família completa quando chegar o primeiro casal missionário!
 
Este tempo ‘ordinário’ em que agora estamos, de volta ao trabalho, depois do Natal, pode ser vivido de forma extraordinária! Assim foi a vida de Jesus! Aquilo que chamamos de vida privada, escondida de Jesus, podemos imaginar que foi uma vida bastante ordinária, como carpinteiro vivendo com Maria e José. Podemos inclusive rirmo-nos com um possível pensamento de Maria: “E esta hã?! Jesus, o Messias…mas aos 30 anos ainda vive com a mãe…”
 
Mas é na vida escondida de Jesus que tudo nasce. Talvez não consigam imaginar, mas aqui nas Filipinas, enquanto o Menino Jesus crescia em SILÊNCIO nos primeiros dias de vida, dia 29, 30 e 31, a 3ª guerra mundial parecia estar acontecer, com todos os foguetes e “bombas” de ano novo, um BARULHO tremendo! É nestes 30 anos de vida ordinária e, posteriormente, nos momentos em que se esconde para rezar que Jesus encontra aquilo que lhe dá identidade e vocação!
 
Que sorte tenho eu de rezar 3 horas por dia, é a conclusão a que chego todos os dias! Mas e não seria um privilégio a que todos deveriamos dar-nos o direito?! Talvez os nossos descendentes um dia ao estudar a nossa história ‘contemporanea’ digam: “Incrivel! Como é que trabalhavam tanto, afirmando ser por uma vida melhor para si e para os seus, mas acabavam por perder a oração, fonte de sentido, unidade, de paz, etc.!
 
Assim, não nos podemos esquecer que é a oração que forma a consciência e é a consciência que nos guia! Por isso, pensemos bem! Não formar a nossa própria consciência é aceitar a consciência da sociedade, que como sabemos apenas se rege por principíos básicos que o que todos fazem é o que está certo. Mas Jesus não fez o que todos faziam! Pelo contrário, a oração inspirou-o a fazer o que ninguém fazia, tornando-se assim um exemplo para todos. Não aquilo que fez exteriormente, mas interiormente!
 
Pois, de modo simples, aceitemos estudar mais, encontrar tempos de um diálogo aberto com Jesus, em que ele nos possa dar um novo olhar sobre o Mundo, sobre esta realidade, para que na minha casa, no escondido do nosso quarto ou no refúgio de um retiro de silêncio,  possa de verdade educar-me para ser mais como Jesus.

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