Obrigada Jesus por quereres vir ao meu encontro, por quereres vir à minha realidade, esteja ela como estiver. Não queres entrar pela porta principal e ser recebido com cerimónia, mas preferes entrar pela porta das traseiras e sentar-te comigo à mesa, convidando-me a abrir o coração numa conversa de amigos. Agrada-me que entres na minha casa sem olhares ao desalinho que por aqui há e que apenas me digas que o que procuras é estar comigo.

A Palavra Viva está hoje Lucas 7, 11-17:
Em seguida, Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Com Ele iam os discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto para enterrar; era filho único e a sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade ia com ela. Ao vê-la, o Senhor teve compaixão dela e disse-lhe: “Não chores!”. Depois aproximou-se, tocou no caixão, e os que transportavam pararam. Então Jesus disse: “Jovem, Eu te ordeno, levanta-te!”. O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à mãe. Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus dizendo: ”Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo.” E a notícia de facto espalhou-se pela Judeia inteira e por toda a redondeza.

Jesus, a tua passagem por esta cidade não passou mesmo despercebida. Deixa-me fazer um pouco a composição de lugar. Já vinhas com uma multidão que te seguia euforicamente devido aos vários milagres que tinhas feito. Atravessaste esta cidade e deparaste-te com um espectáculo: outra enchente de gente, que deveria estar aos gritos, a chorar e a acompanhar uma pobre mulher que perdera tudo. Um cenário de desolação, tristeza profunda, injustiça. Podias ter ficado a olhar, com pena e até comentado a triste sorte daquela mulher, e depois seguido o teu caminho. Mas se assim fosse não serias Tu, Jesus. Senhor, Tu és aquele que numa situação extrema, numa situação sem solução, mesmo assim vens até mim. Quando eu sinto que já não há nada a fazer, me falta toda a esperança, que já não consigo mais, já não vejo saída – ou a que vejo é desanimadora – Tu salvas-me. Bastou veres a mãe viúva para saberes o que ia no seu coração. Decerto um enorme vazio… Quantas vezes vejo e sinto irmãos a sentirem-se assim. Quiseste então voltar a alegrá-la e deste-lhe o presente que ela jamais esperara. O “Não chores!” que lhe disseste significa “Acredita!”; “ Não te dês por vencida porque para Deus nada é impossível.”

Senhor, que eu possa acreditar sempre na tua visita à minha vida. Para isso, preciso que aumentes a minha fé. Dá-me o dom do Espírito Santo para não desistir quando vejo que não há saída, e dá-me a tua Graça para poder ajudar os meus irmãos a acreditarem também que queres vir às suas vidas e salvá-los, ou seja, dar-lhes o teu Espírito para que todos possamos viver cada situação, por mais desesperante que seja, com os teus Olhos.