A serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus fizera; e disse à mulher: «É verdade ter-vos Deus proibido comer o fruto de alguma árvore do jardim?» A mulher respondeu-lhe: «Podemos comer o fruto das árvores do jardim; mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Nunca o deveis comer, nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis.’ A serpente retorquiu à mulher: ‘Não, não morrereis; porque Deus sabe que, no dia em que o comerdes, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficareis a conhecer o bem e o mal’.» Vendo a mulher que o fruto da árvore devia ser bom para comer, pois era de atraente aspecto e precioso para esclarecer a inteligência, agarrou do fruto, comeu, deu dele também a seu marido, que estava junto dela, e ele também comeu. Então, abriram-se os olhos aos dois e, reconhecendo que estavam nus, coseram folhas de figueira umas às outras e colocaram-nas, como se fossem cinturas, à volta dos rins. Ouviram, então, a voz do Senhor Deus, que percorria o jardim pela brisa da tarde, e o homem e a sua mulher logo se esconderam do Senhor Deus, por entre o arvoredo do jardim.
A serpente engana-nos bem!
“Não morrereis nada, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus”.
Esta escolha de palavras lembra uma outra que nós fazemos muitas vezes a propósito do que lemos no Evangelho: “eu tenho olhos na cara”.
E, de facto, somos como Deus: “temos o conhecimento do bem do mal”.
Mas não estaremos mortos?
“Não morrereis nada, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus”.
Esta escolha de palavras lembra uma outra que nós fazemos muitas vezes a propósito do que lemos no Evangelho: “eu tenho olhos na cara”.
E, de facto, somos como Deus: “temos o conhecimento do bem do mal”.
Mas não estaremos mortos?