“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.» Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco. Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa. E, sem que antes a tivesse conhecido, ela deu à luz um filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus.”
São Mateus 1, 18 – 25
Nasce-nos um filho e a vida muda. Há um antes e um depois.
Aliás, mal sabemos da sua vinda, passamos a viver à espera. A espera muda-nos o olhar e o sentir.
Maria mudou o olhar.
José mudou o olhar.
Quando conhecemos a mulher (ou o homem) da nossa vida, a vida muda.
Quando descobrimos/decidimos a nossa vocação, a vida muda.
Maria mudou o olhar.
José mudou o olhar.
O encontro com o Menino que está a chegar pode mudar-nos, se se der mesmo num tempo e num lugar. Não será preciso muito mais para despertarmos do sono.
Talvez precisássemos que, nos primeiros dias, o presépio ficasse à porta de casa, do lado de fora, e que depois fosse entrando, pouco a pouco, até ficar no coração da casa.
O papa Francisco disse-nos há dias:
«Vendo estas crianças que têm medo de dançar, de chorar, medo de tudo, que pedem segurança em tudo, penso nestes cristãos tristes que sempre criticam os pregadores da verdade, porque têm medo de abrir a porta ao Espírito Santo».
Abramos as portas.