«No outro lado do mar…»

Que bom poder começar outra semana junto a ti. Hoje coloco tudo o que vivo diante de ti na certeza que podes dar significado a tudo o que vivo. Quero Senhor escutar-te e perceber a que me chamas. Abre por isso o meu coração e activa a minha fé.


Abres-me o coração através do Evangelho de S João 6, 22-29:
Depois de Jesus ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos. Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?» Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».


Percebo Senhor, que me queres conduzir a outro nível de fé: não acreditar porque sim, nem sequer por experiências passadas, as lembranças do alimento que já me saciou, mas porque sei que Tu não falhas e mesmo nas circunstâncias mais adversas permaneces firme no amor.
A fé é acreditar ainda que não te sinta nem veja, e por vezes não me é fácil. Procuro as mil e uma evidências de ti, quase que desejando que a minha vida esteja à medida de “felicidade” que construí, numa aparente tranquilidade onde tudo parece estar em paz. Ainda não percebi que Tu atravessas as linhas tortas e que também a partir do avesso da vida me falas e me chamas. Não será isso acreditar n’Aquele que te enviou?
Quando te procuro, que procuro realmente?
Gostava de perceber que como Tu Jesus tenho de ir para o outro lado do mar – o outro lado da minha vida – e a partir daí perceber, muitas vezes no silêncio, como estás e como te manifestas.


Obrigado Senhor por me chamares a uma fé maior. Ensina-me a durante o dia de hoje atravessar “para o outro lado do mar” e aí escutar sempre o que tens para me dizer.

Os comentários estão encerrados.