«O Reino dos Céus é das crianças»

Bom dia, Jesus. Como estás?
Obrigada por desejares este encontro comigo, com cada um de nós. Normalmente, acordo e levanto-me tão a correr, para fazer e preparar o que é preciso, que nem paro um momento para agradecer. Que bom é tomar consciência da tua presença, saborear a minha vida e as daqueles que estão próximos. Agradeço-te, Senhor, os sentidos (visão, olfato, ouvido, tato, gosto) que me ajudam a desfrutar. Agradeço-te poder apreciar o banho e o pequeno almoço. Obrigada por cada pequena coisa recebida!


Obrigada também por receber a tua Palavra, em Mateus 19,13-15:
Naquele tempo, levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, repreendiam-nas. Então Jesus disse: Deixai as crianças, e não as impeçais de virem a mim, porque delas é o Reino dos Céus. E depois de impor as mãos sobre elas, partiu dali.


Algumas pessoas levaram algumas crianças a Jesus. Tentemos imaginar-nos nesse local. Provavelmente, Jesus estaria a caminhar acompanhado pelos discípulos. As crianças deveriam estar excitadas e desejosas de conhecer Jesus. Talvez já tivessem ouvido falar dele ou o houvessem visto ao longe. Poderiam ter pedido aos pais ou familiares que as levassem até Ele. No entanto, quando foram levadas a Jesus, os discípulos repreenderam-nas. Perguntemos a Jesus, porquê. Porque eram pequenas, simples e insignificantes? Talvez fizessem barulho e distraíssem Jesus das coisas importantes e grandes da construção do reino. Mas, Jesus deseja que as crianças venham até Ele e ainda diz que o reino dos céus é delas.
Como deve ter ressoado esta resposta de Jesus? O que teriam pensado os discípulos?
Porque é que o reino dos céus é das crianças?
Deixamos que as crianças e os pequenos venham até nós? Acreditamos que podemos aprender com elas? Será que elas nos podem ensinar como ser do reino?
Acredito que isso não significa deixarmos aquilo que temos que fazer. No entanto, podemos ser mais simples no viver, no saborear e apreciar as pequeninas coisas. Podemos escolher confiar e acreditar nos outros.
Há algum tempo, a minha filha andava a aprender a andar de bicicleta, mas não sabia travar. Então, como eu estava por perto, resolveu lançar-se numa descida e, claro, deu um grande trambolhão. Ela não compreendia porque eu não a tinha agarrado. Para mim, não seria possível agarrá-la porque ela ia demasiado depressa, mas ela achava que sim. Talvez, com Deus, nos possamos lançar sem travões: aprender a abrir o coração e tentar viver o que percebemos que Ele nos diz. Podemos também dizer-lhe o que pensamos e sentimos, verdadeiramente. Podemos ir ao encontro dos outros, ir para além dos nossos medos e resistências, mesmo que haja trambolhões… ir para além da nossa zona de conforto. Dialoguemos com Jesus: Será que queremos aprender como as crianças?


Obrigada, Jesus, por esta imagem do reino. Obrigada porque me desafias a ter um novo olhar sobre as coisas, as pessoas e o mundo, a ver também o bom e o belo, a brincar Contigo em cada dia, em todas as circunstâncias. Bem hajas!

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