“Irmãos: Jesus Cristo, nosso Senhor, e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, eterna consolação e feliz esperança, confortem os vossos corações e os tornem firmes em toda a espécie de boas obras e palavras. Entretanto, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague rapidamente e seja glorificada, como acontece no meio de vós. Orai também, para que sejamos livres dos homens perversos e maus, pois nem todos têm fé. Mas o Senhor é fiel: Ele vos dará firmeza e vos guardará do Maligno. Quanto a vós, confiamos inteiramente no Senhor que cumpris e cumprireis o que vos mandamos. O Senhor dirija os vossos corações, para que amem a Deus e aguardem a Cristo com perseverança.”
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses ( 2,16-3,5)
Esta passagem da carta de S. Paulo convida-nos a permanecermos fiéis ao Evangelho de Jesus e à oração. É em Deus que devemos colocar a nossa esperança e é Nele que devemos buscar consolação, bem como as forças para nos mantermos fiéis ao projeto que Ele nos convida a viver.
A adesão aos princípios do Evangelho tem duas dimensões: o dom de Deus e o esforço e fidelidade do Homem.
Como S. Paulo dizia devemos confiar, como se tudo dependesse de Deus, mas por todos os meios humanos, como se tudo dependesse de nós.
Deus é sempre fiel. A nossa fidelidade depende, no entanto, da força da nossa relação com Deus, conseguida desde a oração e que nos trás a abertura da nossa vida ao projeto que Ele tem para nós. Para que Deus possa atuar é fundamental mantermo-nos unidos a Ele, darmos-lhe espaço e tempo concreto na nossa vida, termos momentos de qualidade de oração. É Deus que nos conforta perante as dificuldades, tal como S. Paulo refere, nos ajuda a recomeçar sempre que necessitamos e nos mantém fiéis àquilo em que acreditamos. Sem a ajuda de Deus, será impossível mantermo-nos fiéis naquilo em que acreditamos e darmos testemunho.
Tenho consciência de que é na oração que encontro a força de Deus que me ajuda a permanecer fiel àquilo em que acredito? Quando rezo procuro apenas ter presente os meus problemas/dificuldade ou também o dos outros? Rezo habitualmente pelos outros, em especial pelos que mais precisam e acredito na força dessa oração?
É preciso tomar consciência dos laços que nos unem, sentirmo-nos responsáveis pelos nossos irmãos, partilhar as suas dores e alegrias, fazer nossos os seus problemas e, no nosso diálogo com Deus, ter presente as necessidades de todos, tal como S. Paulo transmite nesta sua carta.