No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.» Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Inclinou-se
para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão, ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição. Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer, pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. A seguir, os discípulos regressaram a casa.
Jo 20, 1-10
O túmulo vazio faz-me lembrar a situação actual em que nos encontramos. Uma crise financeira, económica, política e social, agravada pela “aparente” ausência de valores e capacidade de olhar para além das diferenças em torno do bem comum. Muitos olham, poucos vislumbram e ainda menos são os que o trilham o caminho. Uns apressam-se em alertar, outros aproximam-se e ficam à entrada, outros há que, entram e ao aperceberem-se da complexa realidade… São por isso muitos os diagnósticos e as intenções, mas realmente poucos a fazer o que deveria ser feito…
Sabemos pela história que todo este episódio da vida de Jesus, seguido da “Aparição a Maria Madalena”, “Aparição aos discípulos”, “Aparição na margem do lago” e “Missão pastoral de Pedro”, lhes deu a força suficiente para levarem a cabo uma empreitada que dura até aos dias de hoje. Jesus deixou-nos o Espírito Santo e tal como ao discípulo Tomé faz-nos um apelo contínuo: “…não sejas incrédulo, mas fiel.”.
O momento que atravessamos na nossa história é reflexo de um ciclo maior (do que o normal) de “prosperidade” que nos fez viver a cada um, individualmente, alguns excessos como normais. Sinto que o Senhor me convida, tal como antes, mas mais agora a viver com humildade, seriedade, serenidade e simplicidade. Como podes Senhor ajudar-me a viver este tempo? Como posso ajudar outros a vivê-lo? Como poderei estar mais atento ao outro que está a meu lado? Seguir-Te, implica aprender a incorporar estes momentos…