O Senhor Jesus na noite em que era entregue, tomou pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: «Isto é o Meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de Mim». Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova Aliança no Meu sangue; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de Mim.»
1ª Cor 11, 23-25
“A Eucaristia dominical leva à festa toda a graça de Jesus Cristo: a Sua presença, o Seu amor, o Seu sacrifício, o Seu fazer comunidade, o Seu estar connosco… E assim cada realidade recebe o seu sentido pleno: o trabalho, a família, as alegrias e as canseiras de cada dia, também o sofrimento e a morte; tudo é transfigurado pela graça de Cristo.”
Papa Francisco, 12-08-2015
Há uns anos, numa revisão de vida, falávamos sobre o que nos fazia ir à missa: era uma obrigação / um ritual / um encontro com Deus? Lembro-me de, na altura, comparar a ida à missa com o jantar semanal em casa dos meus pais. Somos 4 filhos e já vivíamos todos fora de casa. Um dia por semana encontráva-nos todos, pais e filhos. Por vezes não calhava muito bem, pois algum amigo propunha outro programa, mas já sabia que naquele dia não combinava nada, pois era a noite dedicada à família. Também com a missa dominical não iria combinar outro compromisso à mesma hora. Poderia estar com Deus a qualquer hora e em qualquer lugar, como também poderia estar com os meus pais noutra hora, mas naquele dia estávamos todos: pais e irmãos. Também a missa dominical é um encontro de família em que a comunidade se reúne para estar junta com o Pai.
Hoje em dia é mais complicado para mim “encaixar” a missa dominical. Agora constitui uma nova família e o domingo é um dia para estarmos todos juntos. Os “meus 3 homens” não me acompanham na alegria de ir à missa. Assim, tenho que ter muito bem presente o porquê deste momento. O custo de oportunidade de ir à missa é grande. A única missa que consigo viver a 100% é à hora de jantar, o que transtorna a vida familiar. Ir à missa numa comunidade em que questiono muito a religiosidade vivida, não me faz muito sentido e não me ajuda a crescer.
Com 44 anos fresquinhos, posso dizer que já passei por muitas situações diferentes e, provavelmente, por muitas mais passarei. Penso que será difícil deixar de ter uma relação com o Pai, mas essa relação vai mudando. Penso que é importante que essa relação me faça crescer, me faça feliz, me faça uma pessoa melhor. A missa dominical continua a ser um momento importante e desejo encontrar a melhor forma de manter este “ritual”.
Porque vou eu à missa?
O que recebo e o que dou neste momento da vida cristã?