“Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada toda a terra. Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria. Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade. Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida. E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria. Na mesma região encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles; e tiveram muito medo. O anjo disse-lhes: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor.”
Lc 2, 1-11
Esta leitura mostra-nos:
– Um Deus que nasce nas nossas circunstâncias concretas, sejam elas quais forem, mesmo as mais desfavoráveis e difíceis, mesmo naquelas, ou precisamente naquelas, que a nossa mentalidade, tão humana decide que nada têm a ver com Deus.
– Um Deus que não deixa de nascer por mais adversas e confusas que sejam as nossas vidas.
– Um Deus que Se anuncia a todos os povos, a todos os homens. Um Deus que é de todos e para todos.
Quem é este bebé, Tu mesmo, que me salva?
Senhor, porque queres entrar na minha vida desta forma?
Que significa este bebé inocente e frágil no meu pecado, naquilo que eu não gosto, em mim, nos outros, na minha vida, naquilo que eu gostaria tanto que fosse diferente? Que diferença traz à minha oração, à minha tribulação, à minha esperança?