«Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe?»

Bom dia querida Família – Pai, Filho e Espirito Santo. E olá Maria. O nosso fundador, Jaime Bonet, dizia que sozinho conseguia encher um carro de 5 lugares e nunca se sentir só, ele mais a Trindade e Maria. Ajudai-nos neste dia a experimentar a Vossa companhia e a Vossa inspiração.


Hoje a leitura é de Mt. 18, 21 a 35 e propõe-nos um modo muito concreto de nos relacionarmos uns com os outros – através do perdão:
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque me pediste. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração».


Nesta leitura Jesus apresenta uma desproporção tão grande entre as duas dívidas para mostrar como a misericórdia de Deus nos pode dar forças para perdoar outras realidades que vivemos. Se nos é tão difícil perdoar (ao outro e a nós mesmos) pode ser porque não reconhecemos e não aceitamos o perdão de Deus. Se compreendermos que Deus nos perdoa sempre e nos perdoa tudo podemos viver uma existência mais agradecida e uma intencionalidade maior nas relações. Quando sentirmos dificuldade em perdoar algo em nós ou nos outros devemos recordar que Deus já perdoou essa dívida.


Senhor, agora que estamos a terminar este momento de oração quero pedir-Te a graça de experimentar a Tua misericórdia e de poder ser também fonte de misericórdia para outros. Sabemos que o perdão pode ter um efeito reparador em nós e nas nossas relações mas só experimentando um amor como o Teu, com esse poder de apagar as dívidas, poderemos viver o mesmo nas nossas vidas.

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