“Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caíu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando-o meio morto. Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo passou ao largo. Do mesmo modo também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante. Mas um samaritano,que ia de viagem,chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão.Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.”
Lucas 10, 30-34
Caminhar é correr riscos de toda a ordem, designadamente roubos, assaltos, ciladas, rasteiras… deixando-nos muitas vezes entregues a nós mesmos, sem protecção, nem abrigo seguro.
Mesmo aqueles que por estatuto religioso, social ou político se apresentam, muitas vezes, como guardiões dos direitos humanos e poderiam vir em socorro dos mais frágeis, estão de tal modo absorvidos nos seus objectivos, que passam “ao largo” das injustiças e das suas vítimas.
Só realmente Jesus Cristo com a sua compaixão é o BOM SAMARITANO, sempre ao lado dos que O procuram de verdade!
Estarei eu tão absorvida nas minhas metas egocêntricas, que me impedem de ver as injustiças à minha volta? Como poderei usar o azeite da consolação e o vinho da esperança, em cada situação de fragilidade humana? Como me habilitarei a ser, à semelhança do Mestre, uma pessoa atenta, disponível e actuante perante as injustiças actuais?