“Não sou ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo!”
Sócrates séc.IV ac
Muitas vezes me lembro desta frase que está escrita num corredor da estação de metro da Cidade Universitária.
Hoje fui ver um filme italiano “Terraferma” passado numa das ilhas italianas que fica mais perto da Tunísia (no norte de África) do que da Sicília (ilha italiana). O desastre em outubro de 2013 tornou estas ilhas italianas tristemente conhecidas. Há uns anos procuradas por turistas pelas suas belas praias, são atualmente procuradas por migrantes vindos de vários países de África onde a guerra, a fome, as ditaduras imperam. Terá a Europa capacidade de acolher toda esta gente?
O filosofo grego dizia que era um cidadão do mundo. Hoje em dia entre os países europeus praticamente não há fronteiras, mas para os que vêm de fora da Europa as fronteiras fecham-se. Estamos dispostos a ser cidadãos do mundo integrando todos os que nos procuram? Estamos dispostos a descer o nosso nível de vida (que já tem vindo a baixar com esta crise)? O que é a nossa crise comparada com as situações de miséria vividas em tantos locais de África?
Como é que eu acolho os migrantes com quem me encontro? Aquele colega que saiu de sua casa para ir estudar ou trabalhar para a “minha” cidade? Estou disposta a sair da minha zona de conforto para dar conforto ao outro?