“Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços e, aproximando-se, disse:”Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.” O Senhor respondeu-lhe:Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.”
Lucas 10, 40-42
Quantas vezes nos sentimos “prisioneiros” de inúmeras tarefas e preocupações, completamente absorventes, fragilizando-nos como pessoas, sem tempo para os afectos e para a cultura do espírito?
Numa sociedade com marcadores de consumismo de futilidades, de insatisfação obsessiva por ter sempre mais, de competição desumanizada pelos interesses prejudiciais à integridade e dignidade das pessoas, há cada vez menos tempo para o que realmente interessa, para o que pode transformar a nossa vida numa oportunidade de criatividade, de vivência dos valores cristãos e de transcendência.
É, assim, urgente encontrar e desenvolver tempos de escuta das mensagens do Alto, de estar com os outros, de apreciar a vida no que ela significa de BEM, de JUSTO e de VERDADE, segundo o Evangelho.
No dia-a-dia, faço por parar por algum tempo, com as minhas tarefas e preocupações, para reflectir sobre a Vida?
Que tempo de escuta dou para ouvir, de facto, a palavra de Deus?
Como posso comprovar quanto tem sido útil para a qualidade de vida, saber parar e escutar a mensagem de Cristo?