1) Muitos de nós somos fruto de uma geração que viveu a ditadura e, por isso esforçou-se por transmitir à geração seguinte um espírito de liberdade. Ensinaram-nos que temos obrigação de seguir os nossos sonhos, os nossos desejos e concretizá-los. É a parte do “tudo me é permitido”. E se nesta funçao muito devemos à geração anterior, faltou-nos talvez a parte do “nem tudo me convem”. Perceber ao longo da vida o que me convém, o que convém aos que são meus, ir mais além do que me é permitido para perceber aquilo a que não me posso permitir por amor aos outros… essa é a grande tarefa. E porque as escravidões de hoje não são as mesmas de ontem, também isso não nos foi transmitido pelos nossos pais. Talvez algumas das “novas” escravidões do tempo moderno sejam o trabalho (muitas vezes parece que devemos fidelidade em primeiro lugar ao trabalho e à carreira e só depois à mulher/marido e filhos…) e o medo da solidão (e tudo o que fazemos ou de que formas nos vendemos para a evitar).
2) Reconheço a minha fragilidade? Todos nós somos frágeis em alguma(s) área(s) da nossa vida. Peço ao Senhor que me ajude a viver as minhas prioridades e os meus compromissos e que me ajude a identificar quem são os falsos senhores (a quem me faço escravo) da minha vida.