O mês de Janeiro já lá foi… e ainda ontem parecia que o ano começava. Senhor, acompanha-me neste dia para que os meus passos possam seguir a Tua palavra.

E hoje falas comigo através de Mc 6, 1-6:
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos acompanharam-n’O. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem tudo isto? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos? Não é Ele o carpinteiro, Filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão as suas irmãs aqui entre nós?». E ficavam perplexos a seu respeito. Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e em sua casa». E não podia ali fazer qualquer milagre; apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. Estava admirado com a falta de fé daquela gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.

Jesus, lá diz o ditado que: O mal dos outros é consolo de parvos. E é assim que me experimento depois de ouvir esta leitura… até sinto um certo alivio. Para Ti, também não foi fácil anunciar o amor do Pai na tua família, na tua própria aldeia. E acho que todos temos essa mesma experiência. Quantas vezes nos dizem: “Sim, sim andas para aí na Igreja, nas orações e nos grupos mas depois a tua vida… depois nós cá em casa é que sabemos”.
Não estou a dizer que Tu, Jesus, não davas exemplo em casa, mas os seus olhos não eram capazes de ver o que outras pessoas viam. Achavam que Tu eras pouca coisa! Eras demasiado corriqueiro para poder ser alguém especial, eras “o carpinteiro, Filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão”.
Por isso, Senhor, dizia que o Teu mal é o meu consolo. Ajuda-me a não desistir de dar o meu melhor com aqueles que já me conhecem de ginjeira e se calhar já não esperam nada melhor de mim, porque acham que eu já não posso mudar.
Ajuda-me a não desistir de falar de Ti com a vida e com palavra mesmo que o meu exemplo de vida às vezes deixe muito que desejar. Ajuda-me a amar e a aceitar aquelas pessoas da minha família ou dos meus círculos mais próximos a quem não consigo falar de Ti da melhor maneira ou como gostaria, porque não acreditam em mim.
Obrigada, porque também tu passaste pelo mesmo: “Santos da casa não fazem milagres”. Mas mesmo assim não deixes que desista.

Senhor, hoje peço-te pelas pessoas mais próximas que não acreditam em Ti, talvez por falta de maior amor da minha parte. Por isso, peço também por mim, para que me ajudes a não desistir mesmo quando os que estão à minha volta não aceitam a minha fé.