Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes Jesus: «Venham comigo e eu farei de vós pescadores de homens.» Deixando logo as redes, seguiram-no. Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco a consertar as redes, e logo os chamou. E eles deixaram no barco seu pai Zebedeu com os assalariados e partiram com Ele.”
Mc 1, 15-20
Desafio a que, nesta oração, possamos contemplar e saborear a presença de Deus e, depois, pedir abertura interior para escutar o que Ele tem para nos dizer.
Gostei muito desta leitura porque Jesus sai ao encontro destes homens e faz-lhes uma pergunta que muda todas as suas vidas.
Na oração, questionava Jesus porque tinha convidado Simão, André, Tiago e Zebedeu para irem com Ele? Porque não foi sozinho?
Talvez porque, para Ele, a mensagem de Boa Nova de Amor, vivida sozinho, não faz sentido. A mensagem de amor é para todos. A relação de sintonia, união, comunhão, de família e de proximidade que Jesus tem com o Pai, e com o Espírito Santo, era real, essencial, vital para Ele: receber amor para o dar continuamente, e por isso seria normal vivê-la na prática com outros. Talvez por isso, a urgência e a intensidade do convite. Jesus tinha um desejo enorme de procurar viver em amizade, proximidade e harmonia com outros homens. Jesus gostaria que os seus amigos se tornassem pescadores de homens. No fundo, que fossem ao encontro de muitos mais. Estes homens não tinham ainda compreendido o que era ser pescador de homens, mas, claramente, desejavam estar e partir com Jesus. Jesus tinha um sonho e eles deixaram-se tocar profundamente. Deixaram tudo e seguiram-no.
Acredito que Jesus me olha hoje? Pergunto-lhe como é esse olhar? Um olhar de ternura, carinho que acredita e confia em mim?
Será que Jesus deseja estar comigo? Quero estar com Jesus?
Acredito que posso ser pescador(a) de homens, no meu dia a dia, nas minhas circunstâncias concretas? Perguntemos a Jesus, como e onde isso é possível? Que tenho de deixar?
No meu caso, continuo a viver irritações com as minhas filhas, distrações internas (pensamentos e preocupações pouco calmos) e externas que não me permitem estar mais em sintonia e diálogo com Deus. No entanto, perceber que Jesus me diz para ir com Ele, enche-me de alegria e confiança que é possível… mesmo sem saber muito bem, posso ser pescadora de homens. Que o Senhor nos dê a criatividade de vivermos, permanecendo sempre Nele, e de aprendermos a ser pescadores de homens.