“Tendo ouvido dizer que João fora preso, Jesus retirou-se para a Galileia. Depois, abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaúm, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulão e Neftali, para que se cumprisse o que o profeta Isaías anunciara: Terra de Zabulão e Neftali, caminho do mar, região de além do Jordão, Galileia dos gentios. O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz; e aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz. A partir desse momento, Jesus começou a pregar, dizendo: «Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu.» Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes: «Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.» E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no. Depois, começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades.“
Mt 4, 12-23
Este evangelho domingo fala do início da pregação de Jesus e da escolha dos seus companheiros de “viagem”. Ainda hoje Jesus continua a pregar e a escolher os seus companheiros. Será que temos capacidade para o escutar, para o compreender e para aceitar o desafio de viajar com ele?
Jesus fala-nos de tantas maneiras: pela bíblia, pelas pessoas que nos rodeiam, à noite nas notícias que chegam de todo o mundo. O Papa Francisco tem facilitado a linguagem, o que aproxima todos da estrutura mãe que é a igreja, facilitando a mensagem a ser passada pelos meios de comunicação social: jornais, revistas e televisão trazem-nos com frequência as palavras do “chefe” da igreja.
Com que frequência pegamos na bíblia? Conhecemos melhor os livros da escola, do Harry Potter, do José Rodrigues dos Santos, as revistas que aparecem lá em casa ou a Bíblia? Aproveitamos as formações que estão disponíveis na nossa terra, ou pela net, para aprender a conhecer a palavra de Deus? Ou andamos mais preocupados a investir sempre na nossa carreira profissional, fazendo sempre formações na nossa área profissional?
E os convites que Jesus nos faz para viajar com Ele? Será que os ouvimos? Temos coragem para responder com verdade? Quando alguém mais velho nos telefona (avós, tios, pais) temos disponibilidade para os ouvir? É Jesus quem está do outro lado do telefone a chamar-nos.
No meio de tanta atividade com que preenchemos os nossos dias vamos tentar marcar um tempinho para o Pai, para o ouvir, para o escutar, para perceber o que ele nos está a pedir: deixar as redes? Hoje em dia se calhar temos que deixar outras “redes”… Desligar a “rede” do face e do email e estar disponível para os outros onde Jesus está presente.