Olá Pai. Hoje descanso, depois de muitos dias seguidos a trabalhar…
Dou-Te graças por me dares esta oportunidade de parar e poder ver um filme, de estudar algo que gosto, de cozinhar… de dar valor às coisas pequeninas… um espaço e tempo onde a sensibilidade me invade e me faz sentir mais cheia.
Hoje a Igreja reza com o Evangelho de S Marcos:
Naquele tempo, os Apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Então Jesus disse-lhes: «Vinde Comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer. Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém. Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-Se de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.
Mc 6, 30-34
Pois é, bem que me identifico com esta leitura… O trabalho do dia a dia, o acordar de manhã logo a pensar nas mil e uma coisas que tenho de fazer naquele dia… Os dias de folga em que tão feliz acordo a achar que vou relaxar muito e tão pouco relaxo… O descanso merecido que parece nunca mais chegar… E depois a rabugice de cansaço que me torna impossível de raciocinar bem e perceber que tanto tenho e que de tão pouco me queixo tanto!
Pois é… como é fácil esquecer a graça que é ter trabalho… a graça que é ter que fazer, ter que comer, ter com que me aquecer neste inverno frio em que tantos refugiados nada disto têm… Pois é… Muito fácil mesmo esquecer…
Irmão, és como eu que me esqueço facilmente de me compadecer? Que significado tem compadecer-se na tua vida?
Pai, hoje rezo-Te pela compaixão que deveria ter para com este mundo cada vez mais disfuncional…
Obrigada por me manteres sã, obrigada por continuares a “guiar-me como ovelha que tem um pastor” e por nunca desistires de mim.