Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».
Mt. 5, 13-16
Quando estava desempregada o excesso de tempo importunava-me e enfadava-me, mas foi nesse período que os meus encontros com Deus foram mais intensos, escutava-O com um coração sem noção de tempo e foi nessa época que tive mais tempo para concretizar o nosso sonho e formar um grupo de jovens na zona onde me encontro.
Agora que estou a trabalhar não tenho muito tempo para dedicar como eu gostaria ao grupo, por isso ao ler esta Leitura contextualizo o meu comprometimento com Deus e de como eu adiro à proposta que me é feita de ser sal e luz no mundo, uma proposta por vezes difícil de concretizar porque é necessário não viver somente na teoria de ler e escutar a Palavra de Deus mas pôr em prática tudo que a Palavra de Deus me ensina, por isso tenho de ser sal e luz com gestos concretos, para que as pessoas com quem eu lido diariamente saibam identificar Deus em mim. Ser sal que dá sabor á vida das pessoas que eu conheço, que julgam que a sua vida é insonsa, sem amor e esperança, que vivem sem fé e alegria, que se instalam no desespero, numa vida sem sentido, de ser luz no grupo de Jovens, na minha comunidade, para que eles possam dar sabor e iluminar a vida daqueles que cruzam o seu caminho, com amor, fraternidade e libertos á Vida que gera Vida, para que o meu grupo e a minha comunidade também queiram ser sal e luz no mundo, porque cada vez que assisto o noticiário tenho mais a certeza de que o nosso mundo necessita de Deus.
No entanto tenho de ter cuidado e não cair na tentação de me julgar ser a Luz. O grupo de jovens e a minha comunidade julgam-me especial porque eu falo de uma maneira diferente, de que eles estão habituados, de Deus, mas os meus conhecimentos, adquiri-os com a minha comunidade em Portugal e as minhas palavras proveem da minha oração e da minha vivência Eucarística, da ação de Deus em mim, eu não sou a Luz, sou só um reflexo da luz, um raio de sol, e tenho de ser capaz de afirmar isso concretamente porque só assim as pessoas serão capazes de glorificar a verdadeira Luz, que é Deus.