«Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz»

Hoje faço silêncio Senhor para que me fales ao coração. Tu sabes que nem sempre consigo silenciar tudo o que vai por dentro de mim, é grande a agitação. Começo a rezar com um acto de fé profundo em ti: sei que me amas e me acolhes tal como estou. Ensina-me a guardar silêncio para te poder escutar.


Escuto-te no Evangelho de S João (14, 27-31):
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem intimide o vosso coração. Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis. Já não falarei muito convosco, porque vai chegar o príncipe deste mundo. Ele nada pode contra Mim, mas é para que o mundo saiba que amo o Pai e faço como o Pai Me ordenou».


Falar de paz hoje, no contexto nacional, europeu, nacional, continua a ser desconcertante. De que paz falas Senhor? Inevitavelmente sinto necessidade de olhar para mim e para os meus próprios contextos; vejo como é difícil viver a paz ao teu estilo. Vivo com o coração perturbado, pelos outros, por mim, pelas circunstâncias que me ultrapassam, pelas agressões, contrariedades e pela necessidade constante de responder na mesma moeda. A tua paz não é deste mundo…Uma paz que anuncia e denuncia, uma paz que concerta e desconcerta, uma paz que no meio da solidão me grita que não estou só. Volto a perguntar: que paz me queres dar, Senhor?


Agradeço Senhor poder parar e ser consciente da tua presença na minha vida. Tu és o meu Deus…Deus de amor, de paz e de vida. Acompanha-me durante este dia, ensina-me a perceber no coração a paz que me entregas e confias.

Os comentários estão encerrados.