“Diz o Senhor:”

Começamos a semana, nesta segunda feira depois do Ano Novo. A vida retoma os seus ritmos normais e a Igreja hoje propõe que celebremos o Teu Batismo, Jesus! Ajuda-me hoje a recordar também o meu próprio Batismo! Esse dia em que duma maneira especial, me recordas que sou filha de Deus como Tu o és!


E a primeira leitura de hoje é Is 42,1-7:
Diz o Senhor: «Eis o meu servo, a quem Eu protejo, o meu eleito, enlevo da minha alma. Sobre ele fiz repousar o meu espírito, para que leve a justiça às nações. Não gritará, nem levantará a voz, nem se fará ouvir nas praças; não quebrará a cana fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega: proclamará fielmente a justiça. Não desfalecerá nem desistirá, enquanto não estabelecer a justiça na terra, a doutrina que as ilhas longínquas esperam. Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas».


Esta leitura começa com as palavras: “Diz o Senhor!” Pois é, ajuda-me a receber este texto hoje como aquilo que é: a Tua Palavra, Senhor!
E dizes-me que eu sou a Tua serva a quem susténs! Que eu sou a Tua eleita! E ainda mais que sou o enlevo da Tua alma! Esta palavra que quer dizer: enlevo? No diccionario diz sensação de êxtase, arroubo e deleite! Será, Senhor, que acredito que é isso que experimentas quando pensas e olhas para mim? Que ficas comovido com delícia ao olhares para mim?
Rezar é poder entrar na Tua interioridade. Hoje, ajuda-e a parar e a contemplar como Te delicias a olhar para mim! E ficar assim quietos os dois!
E, assim poder escutar de Ti que fazes repousar o Teu Espírito sobre mim para que possa levar às situações onde estou a Tua justiça, a Tua ternura! Como? Não gritando, nem levantando a voz; não quebrando a cana fendida, nem apagando a torcida que ainda fumega: mas proclamando fielmente a justiça. Quais são as situações onde estou em que me pedes ser assim?
Para isso, ajuda-me a não desfalecer, nem desistir, enquanto não estabelecer a Tua justiça e a Tua ternura na terra.
Obrigada, Senhor, por me dizeres: «Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas». Que eu possa sonhar os Teus sonhos e que os possas realizar em e através de mim. Assim seja!


Senhor, obrigada pela Tua Palavra que hoje, mais uma vez, me fala do que Tu pensas, sentes e sonhas ao olhar para mim. Que eu possa levantar o olhar dos meus mundos tão pequenos e centrados em mim para ver com a Tua perspectiva e com o Teu olhar!

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