É tão bom ter-Te na minha vida!

Olá Jesus!
É tão bom ter-Te na minha vida! É tão bom poder ser eu diante de Ti, sem medo que Te escandalizes com as minhas “impurezas”, com as minhas imperfeições.
Ajuda-me, neste tempo de oração, a sair ao Teu encontro, com o que sou, como estou, com o que tenho e não tenho… e a deixar-me acolher e renovar por Ti.


Hoje, surpreendes-me no evangelho de Mc 5, 1-20
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos chegaram ao outro lado do mar, à região dos gerasenos. Logo que Ele desembarcou, saiu ao seu encontro, dos túmulos onde morava, um homem possesso de um espírito impuro. Já ninguém conseguia prendê-lo, nem sequer com correntes, pois estivera preso muitas vezes com grilhões e cadeias e ele despedaçava os grilhões e quebrava as cadeias. Ninguém era capaz de dominá-lo. Andava sempre, de dia e de noite, entre os túmulos e pelos montes, a gritar e a ferir-se com pedras. Ao ver Jesus de longe, correu a prostrar-se diante d’Ele e disse, clamando em alta voz: «Que tens a ver comigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Conjuro-Te, por Deus, que não me atormentes». Porque Jesus dizia-lhe: «Espírito impuro, sai desse homem». E perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?». Ele respondeu: «O meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos». E suplicava instantemente que não os expulsasse daquela região. Ora, ali junto do monte, andava a pastar uma grande vara de porcos. Os espíritos impuros pediram a Jesus: «Manda-nos para os porcos e entraremos neles». Jesus consentiu. Então os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. A vara, que era de cerca de dois mil, lançou-se ao mar, do precipício abaixo, e os porcos afogaram-se. Os guardadores fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos; e, de lá, vieram ver o que tinha acontecido. Ao chegarem junto de Jesus, viram, sentado e em perfeito juízo, o possesso que tinha tido a legião; e ficaram cheios de medo. Os que tinham visto narraram o que havia acontecido ao possesso e o que se passara com os porcos. Então pediram a Jesus que Se retirasse do seu território. Quando Ele ia a subir para o barco, o homem que tinha sido possesso pediu-Lhe que o deixasse ir com Ele. Jesus não lho permitiu, mas disse-lhe: «Vai para casa, para junto dos teus, conta-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti». Então ele foi-se embora e começou a apregoar na Decápole o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.


Jesus, esta leitura é estranha… mas não me quero prender com os pormenores, que parecem saídos de um filme fantástico…
Se pensar bem, quantas vezes não ando a correr de um lado para o outro, desligado de mim próprio e dos outros, num afã que me deixa quase morto-vivo e que acaba por me ferir…
Tu sabes isso, Tu sabes bem o que me ocupa o coração e a mente, o que me faz correr, o que me traz preocupado, “atormentado”…
Mas também sabes – melhor que eu! – a grandeza do que sou: filho amado de Deus, habitado pelo Espírito Santo! Eu e qualquer ser humano!
Jesus, é tão fácil ficar enredado nas contrariedades, nos afazeres, nas “prisões” de cada dia… e nas armadilhas que montamos a nós próprios com os nossos pequenos “dramas pessoais”.
Jesus, ajuda-nos a não “esquecer” ou “abafar” a experiência real que muitos já fizemos de nos sentirmos incondicionalmente amados por Ti e pelo Pai! Sabemos como isso nos liberta, nos ajuda a relativizar os acontecimentos (e os sentimentos!), nos faz mais tolerantes, mais criativos, mais HUMANOS, mais VIVOS!


Jesus, muito obrigado por tudo o que já fizeste por mim e que não quero esquecer!
Hoje, peço-Te muito um olhar mais contemplativo, mais consciente, mais agradecido sobre a grande maravilha que é a Criação, que sou eu, que é cada ser humano.
Quero olhar-me e olhar os que me são próximos com a grandeza do Teu olhar, para ver mais além do que somos ou não capazes de fazer, dizer, amar. Que, olhando-me e olhando assim, eu possa ter ações novas, que ajudem a renovar a face da Terra!

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