«Eu sou o pão da vida»

Bom dia, Jesus!
Obrigada por este dia, por este momento de silêncio e paragem contigo. Obrigada pelo dom da vida, por poder levantar-me e fazer as coisas que preciso. Obrigada pela família e por ter tudo o que necessito. Agradeço-te o percurso para o trabalho, sabe maravilhosamente observar e saborear o dia claro, o céu tão azul, as árvores, as plantas e as flores. Ensina-nos, Senhor, a receber toda esta vida e beleza que nos rodeia.


Hoje encontro-te no Evangelho de S. João 6, 35-40:
Respondeu-lhes Jesus: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede. Mas já vo-lo disse: vós vistes-me e não credes. Todos os que o Pai me dá virão a mim; e quem vier a mim Eu não o rejeitarei, porque desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade daquele que me enviou é esta: que Eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia. Esta é, pois, a vontade do meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia.


Na leitura, Jesus diz que é o pão da vida. Lembra-me a hóstia na missa, que comungamos para que Jesus seja mais presente e forte em nós, para que nos transforme, de acordo com a nossa abertura, liberdade, capacidades e fragilidades. No fundo, ao comungarmos, estamos, aparentemente, a ir a Deus, mas, sobretudo, estamos a deixar que Ele venha a nós: um caminho a dois onde sempre podemos contar com Ele.
O primeiro desafio para que Jesus seja o nosso pão parece-me ser o de marcar um tempo e um espaço para o diálogo com Ele: a oração (relação) a sós com Deus. Para mim, também é fundamental rezar em comunidade, faz-me perceber que há muitas pessoas a orar e a procurar viver com Deus. A oração comunitária e as partilhas enriquecem-nos e aumentam a nossa fé.
Desejamos realmente que Jesus seja nosso amigo? Conversemos com Ele. Imaginemo-nos diante dele: como nos olha e fala? Será que acreditamos que Ele nos pode preencher o mais profundo de nós próprios? Aquelas carências (sedes e fomes) e feridas que fazem parte de nós e precisam de ser curadas e amadas por Ele? Ele é o pão da vida, não há outro.
Onde vou procurar pão (compensações)? Será que é assim tão importante o que os outros acham de mim? Será que tenho mesmo que controlar tudo? Termos fé não significa que tudo seja fácil e simples na vida. No entanto, creio que tomar consciência de que Deus nos acompanha, que nos fala, de maneira especial, pode dar-nos outro olhar e sabor à vida.


Jesus, ensina-me a compreender qual é a tua vontade para mim, hoje.
Jesus, peço-te que dês vida, em cada dia, aos nossos sonhos e desejos mais profundos.

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