Senhor, estamos em pleno tempo Pascal, a viver iluminados por uma luz que nos renova, a luz da tua ressurreição! Que ela seja mais forte que todo o mal, que as nossas limitações, os nossos fracassos, as desilusões da vida. Essa luz és Tu que estás vivo e continuas presente na nossa vida, é o teu amor que tudo cura e que quer tirar de nós o melhor que cada um pode dar.

Hoje somos convidados a rezar com um trecho da Palavra do Evangelho de S. João, inserido na ´´última Ceia”: Jo 13, 16-20:
Depois de lavar os pés aos discípulos, Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o envia. Uma vez que sabeis isto, sereis felizes se o puserdes em prática. Não me refiro a todos vós. Eu bem sei quem escolhi, e há-de cumprir-se a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar. Desde já vo-lo digo, antes que isso aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu sou. Em verdade, em verdade vos digo: quem receber aquele que Eu enviar é a mim que recebe, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.»

Hoje voltamos à última Ceia, momentos derradeiros da tua vida, Jesus, que quiseste viver a sós com os teus amigos, aqueles a quem enviaste para continuar a tua missão. Por isso lhes deixaste ensinamentos fundamentais que se podem resumir no mandamento novo: “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Por isto é que todos reconhecerão que sois meus discípulos.”
Jesus amou-nos mais do que à sua própria vida. Não teve medo de entregá-la por amor a cada pessoa. A isto S. João chama “levar o amor até ao extremo”. No sacramento da Eucaristia recordamos e vivemos essa entrega da vida de Jesus. S. João deixa-nos o gesto de Jesus, o lava-pés, que é, de certa maneira uma tradução em gestos visíveis, do amor de entrega e de serviço que foi a vida de Jesus e que deve ser a vida dos seus discípulos.
Hoje somos nós esses discípulos e discípulas. Só nos reconhecerão como tal se amarmos à sua semelhança.
– Jesus, o que é levar o amor até ao extremo?
Eu amo com limites, até ao limite do meu cansaço, da minha paciência, até onde acho que posso física e materialmente, sem arriscar muito.
Para ti, Jesus, amar não teve limites. Amaste na medida das necessidades de cada pessoa com quem te encontravas. Aplica-se à tua vida a frase de Sta Teresinha: “A medida do teu amor foi amar sem medida”.
Não sei amar assim, Jesus! Por isso venho pedir a tua ajuda! Acredito que é um caminho que se faz passo-a-passo, toda a vida. Mas tenho medo de ficar parada e até de recuar. Acho que às vezes acontece! Por isso peço a presença do teu Espírito para que me guie, que não me deixe ter medo, que me incentive na entrega.
Dizes que seremos felizes se o pusermos em prática. Acredito profundamente nisto porque já o experimentei. Mas tantas vezes ponho os pratos na balança, faço cálculos e passa a oportunidade de ajudar aquela pessoa.

Jesus, ajuda-me a não duvidar das tuas promessas. Que eu me sinta enviada por ti, que acredite que me dás o poder para anunciar em teu nome e o poder de amar como Tu amaste.