«O teu irmão estava morto e voltou à vida»

Hoje, Senhor, ofereces-me a parábola do Filho Prodigo que já ouvi tantas vezes. Ajuda-me a não achar que já sei a história toda mas que me deixe surpreender pela maneira como sempre me esperas e me acolhes…


Vamos ler só uma parte desta tão conhecida parábola que está em Lc 15, 11-32:
“Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a túnica mais bela e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa.”


Pois é, hoje não lemos toda a parábola mas só um bocadinho…
Pai, fala-me também a mim, ao meu coração e à minha maneira de pensar-Te para que me deixe encontrar por Ti da mesma maneira que Tu saíste ao encontro deste Teu filho.
Quando eu me ponho a caminho para de alguma maneira ir ter contigo… ainda estando longe de Ti, tu vês-me… e enches-te de compaixão… sim de compaixão. Ajuda-me a parar nestas palavras… Tu vês-me e enches-te de compaixão por mim… sentes compaixão por mim…
E corres para vir ter comigo… sim corres… Deus corre, Deus procura, Deus tem pressa. Tu tens pressa de me encontrar… Que hoje, Pai, me possa encontrar com o teu desejo cheio de pressa de me encontrar.
E lanças-te ao meu pescoço não para me asfixiar mas para me abraçar. Que difícil me é ficar quieta nesse abraço… que hoje me deixe simplesmente abraçar.
E… cobrindo-o de beijos… será que me deixo cobrir de beijos ou já fugi, já acho que isto é tudo demais… Senhor, que não fuja, que me deixe invadir pelo teu amor que me quer cobrir de beijos assim como eu estou e me sinto: indigna de tanto carinho e amor!
E só depois de tudo isto me deixas falar… me deixas dizer que não sou digna de ser chamada Tua filha… mas Tu não ouves e dás-me tudo o que eu nem sequer acho que mereço… e ainda para mais fazes festa…
Ah! Se soubesse viver na Tua festa por mim e por cada pessoa que se abre a Ti e Te procura mesmo sem saber…


Senhor, ajuda-me a viver em festa… a celebrar cada dia o Teu carinho, a tua ternura por mim e por cada pessoa a quem Tu chamas filho, a quem tu chamas filha não só porque Tu és bom mas porque realmente o somos… somos filhos e irmãos.

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