Oferece a Deus um sacrifico de louvor

«Escuta, meu povo, sou Eu quem vai falar; 
Israel, vou testemunhar contra ti: 
Eu sou o Senhor, teu Deus. 
Não te repreendo por causa dos teus sacrifícios;
os teus holocaustos estão sempre na minha presença. 
Não reivindico os novilhos da tua casa, 
nem os cabritos dos teus currais; 
pois são meus todos os animais dos bosques, 
e os que se encontram nos altos montes. 
Conheço todas as aves do céu 
e pertencem-me os répteis do campo. 
Se Eu tivesse fome, não to diria, 
pois o mundo é meu e tudo o que ele contém. 
Porventura Eu como a carne dos touros, 
ou bebo o sangue dos cabritos? 
Oferece a Deus um sacrifício de louvor 
e cumpre as promessas feitas ao Altíssimo. 
Invoca-me no dia da tribulação; 
Eu te livrarei e tu me glorificarás.»

Salmo 50


“Oferece a Deus um sacrifício de louvor” é com base neste verso que me tenho sentido questionado na minha oração: que louvor é este?

Deus vem ao meu encontro nos momentos que mais preciso dele. Vem testemunhar contra as minhas lógicas mais profundas. Vem pôr em causa os atalhos que sigo para construir a minha verdade. Vem-me questionar, porque quer fazer um caminho de Amor comigo.

Nestas alturas fecho-me para Deus de duas formas muito subtis.

A primeira forma é não acreditando no seu perdão. Faço o perdão de Deus à minha medida e fecho-Lhe a porta fingido que Ele quem me a fecha. Iludo-me e sinto-me confortável assim, porque se nem Deus me abre a porta, não vale a pena fazer nada.

A segunda forma é procurando o seu perdão pela superfície. Modificando pequenas coisas mais “tangíveis”. Às vezes até fazendo grandes obras dignas de louvor. Iludo-me com a obra feita para disfarçar a porta que fechei no meu interior.

Ainda assim Deus continua a bater à minha porta. Lá no fundo. Deus não está apenas preocupado com a superfície das minhas acções. Está preocupado com a sua origem. A minha bagunça exterior não é mais que o simples reflexo da minha bagunça interior. Deus continua a bater à minha porta, no meu eu mais profundo. Nas minhas angustias, nos meus medos, nos meus sonhos enterrados, na minha esperança e nos meus projectos mais íntimos. É aí que Deus me espera.

É aí que Deus nos espera hoje!

Meu Pai, como é bela a história dos nossos sonhos…

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