“Quando orardes…”

Jesus, irmão e companheiro! Bom dia!
Que bom sentir-Te irmão mais velho e companheiro de caminho! Que bom aprender de Ti um modo simples e sincero de relação com o Pai! Obrigada pela Tua Palavra transparente e calmante!


Mt 6, 7-15:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito. Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes. Orai assim: ‘Pai-nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».


A Tua conversa interpela-me a pensar o tanto que falo quando estou Contigo! Encho o silêncio com as minhas palavras e não dou espaço à Tua Palavra! Faço do nosso encontro um encontro entre pagãos, desconhecidos, estranhos: um no céu e outro na terra! Tu sabes bem disso e delicadamente me dizes: não é um encontro nem entre alienados, em lugares distantes e diferentes, nem entre estranhos, mas concreto, nesta terra que Te acolhe e entre família: Pai e filhos Seus!
Não necessitamos de muitas palavras mas de um grande e sincero coração: Pai! Tu que habitas a minha terra, a minha existência, Tu que eu proclamo com os meus lábios, mas sobretudo com o meu coração, habitação Tua, faz-me consciente da Tua inabitação em mim. Ajuda–me a falar menos e a escutar mais o desejo que Tu tens para a minha vida! Quero alimentar-me diariamente da Tua Palavra: nela escuto e provo a Tua misericórdia, primeiro para mim para depois a derramar nos meus irmãos! Que eu acolha a Tua Palavra como rochedo firme quando a maré é revolta e não me deixe soltar daí, se a ondulação é intensa! Ajuda-me a não a ficar presa nas marés poluídas do dia-a-dia e a não desencadear, eu própria, maremotos de palavras e encontros nefastos para mim e para os meus irmãos!


Pai: ajuda-me a ser consciente que estás na Terra, aqui, junto a mim! Capacita-me para amar em igual proporção à misericórdia que me concedas pelas minhas faltas! Transforma o meu paganismo, a minha ignorância em terreno fértil para acolher a Tua Palavra e fazer dela o meu itinerário de vida! Ámen.

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