“Temos uma cidade forte!”

Bom dia, Senhor, hoje é feriado e é bom ter mais tempo. Agora que o Advento já chegou há em mim uma enorme vontade de aprofundar este tempo, de me preparar para Te receber, de deixar que me ofereças uma vida diferente, ou uma nova forma de estar na vida que me convidas a viver… Mas, como posso fazê-lo? O que posso pôr da minha parte?


Hoje, Senhor, a Tua Palavra enche o meu coração através de Is 21, 1-6
Temos uma cidade forte. para a defender, o Senhor ergueu muralhas e baluartes.
Abri as portas, para que entre um povo justo, que cumpre com os seus compromissos,
que tem carácter firme e conserva a paz, porque põe a sua confiança em Deus.
Confiai sempre no Senhor, porque o Senhor é a rocha perene: abateu os habitantes das alturas e a cidade soberba; humilhou-a, derrubou-a por terra, reduziu-a a pó. Ela é calcada pelos pés dos humildes, pelos pés dos pobres.


Tenho dentro de mim uma cidade santa e forte – uma vida preciosa, cheia de potencialidades porque Tu, Senhor, conheces bem aqueles que escolheste.
Mas esta cidade é também muito vulnerável, não só a agentes exteriores mas, essencialmente, a agentes interiores – as minhas inseguranças e medos; os meus limites e pecados; aquilo que não sei; aquilo que não quero.

Hoje peço-Te, Senhor, a consciência de que só Tu podes, com os Teus baluartes e muros, defender esta cidade que em mim existe e que eu, pelas minhas próprias forças, não o consigo fazer. E que é por tentá-lo sozinha que me encontro aqui assim: frágil, cansada, às vezes desesperada, sem saber o que fazer ou por onde ir, insegura, sem esperança…
Só Tu, Senhor, me fazes aprender a gostar de mim própria, a aceitar-me como sou. Só Tu, Senhor, asseguras a minha firmeza e confiança e iluminas o meu caminho.

Obrigada, Senhor, por me lembrares daquilo que está nas minhas mãos fazer: ser justa, fiel, firme e mansa. Saber manter-me no caminho traçado, ainda que não veja nada, ainda que duvide dos frutos; saber-me acompanhada por Ti, sempre, fazendo discernimento Contigo, também quando confundo teimosia com firmeza, quando quero resolver tudo, já, aqui e agora e quando só aceito as coisas à minha maneira…

Lembrando-me, Senhor, que esta leitura se chama “Hino de Vitória”, o que me enche de paz e esperança é saber que em Ti tudo acabará, mesmo, bem…
E que eu saiba deixar nas Tuas o que ainda parece que falta…


Pai, obrigada pela proteção da minha cidade santa!
Obrigada porque a defendes, garantindo que o meu tesouro não se perde.
Perdoa-me, Pai, o esquecer-me disto, o deixar de confiar, o não ser capaz de arriscar…
Ajuda-me a receber-Te este Advento, de muralhas completamente abertas, para que Tu possas, mesmo ser Tu em mim. Ámen!

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