«Depois, dirigindo-se a todos, disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me. Pois, quem quiser salvar a sua vida há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa há-de salvá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se a si mesmo?”»
Lc 9, 23-25

Gosto da forma como começa o texto de Lucas: “dirigindo-se a todos”. O que Jesus diz é mesmo para TODOS, não é só para alguns eleitos. Quem não viveu já uma situação de cruz na sua vida? Quantos não a vivem presentemente? Se aceitarmos o convite de Jesus a “tomar a nossa cruz” e segui-Lo, o Caminho que fazemos ganha novo sentido porque Ele o percorreu primeiro, carregou a Sua Cruz e todas as nossas cruzes e nenhuma dor ou sofrimento Lhe são alheios.
Mas se não aceitarmos tomar a nossa cruz, se nos vitimizarmos constantemente, podemos chegar a ficar revoltados com a vida, desintegrados e infelizes. Não significando que devemos procurar a cruz, se quando ela chegar a aceitarmos segundo a sabedoria de vida que está na proposta de Jesus, é possível que cresçamos na maturidade de pessoas humanas e pessoas cristãs.

As palavras seguintes, entendo-as como um convite ao despojamento, que tantas vezes me interpela; a perceber que não vivemos uma vida com valor quando procuramos ter muitas coisas ou seguir os critérios do mundo. Pelo contrário, é ao procurarmos simplesmente seguir Jesus, nas nossas circunstâncias concretas, que salvamos a vida, que ficamos a conhecer a Vida verdadeira, aquela que nos leva a Jesus.

Senhor, nesta Quaresma quero aprender mais um pouco, Contigo, em oração, a tomar a cruz e seguir-Te. Maria, Tu que estiveste com o Teu Filho aos pés da Cruz e aí te tornaste Mãe de todos nós, guia-me nas dificuldades e ajuda-me a ser fiel.